terça-feira, 3 de novembro de 2009

O Sacerdote como Pai - D. Robert Zollitsch

Recebemos em português o conteúdo da conferência de D. Robert Zollitsch, arcebispo de Freiburg, a Sacerdotes jovens e Diáconos permanentes em Veszprém (Hungria) 3 de Abril de 2008. Tem como subtítulo, Subsídios para o ano sacerdotal.

Vale a pena conferir parte do texto:


"1. Entrada no tema
 Entre nós, na Alemanha e em toda a Europa, não é fácil falar sobre o pai. O discurso sobre o pai leva muitos a pensar na dependência patriarcal, na atitude patriarcal. Hoje nivelam-se as diferenças, prece­dência e hierarquia são rejeitadas. A crise começou na Alemanha com a Segunda Guerra Mundial e dura até hoje. Morreram milhões de pes­so­as. Centenas de milhar só agora regressaram, muitos anos mais tarde, de sua prisão de guerra. Muitos deles sofreram muito corporal e espiritualmente. Estiveram ausentes os pais, também eles morreram em combate. Como Alexandre Mitscherlich na sua obra de psicologia social, que fez época, demonstrou, a Alemanha encontrava-se e encontra-se “A caminho duma sociedade sem pai”[1]. Isto teve conse­quências: Muitas pessoas, da geração mais jovem e intermédia, já não querem ser pai, nem vir a ser pai, e muito menos assumir respon­sabilidade pelos filhos.   
Aí onde o pai é posto em questão, onde a despedida do pai é conside­rada como um progresso, porque promete mais liberdade e democra­cia, onde existem muito poucas vivências positivas e existenciais do pai, torna-se difícil falar sobre o pai, bem como do sacerdote como pai. Por isso precisamos duma purificação e duma elucidação acerca da imagem do pai. E isto é necessário. A Igreja não pode ser nenhuma “sociedade sem pai”, porque ela tem de anunciar a mensagem do amor de Deus Pai. Para nós sacerdotes isto constitui de facto um desafio, pois é a nós que é feita a pergunta: Reflectimos nós sacerdotes algo de Deus Pai, da sua doação aos homens, do seu infinito amor de Pai?
Numa sociedade crescentemente sem pai precisamos da mensagem do Pai do céu e de transparentes concretos do eterno Pai. Aqui está uma grande tarefa para as nossas famílias, para pais e educadores, assim como também uma tarefa eminentemente importante para os sacer­dotes".

Os que desejarem o texto completo poderão entrar em contato pelo e-mail: isdsbrasil@gmail.com para solicitar o arquivo.




 

sábado, 24 de outubro de 2009

Santuário Original, com Maria formando o homem novo.

Na família de Schoenstatt preparam-se os corações para viver o centenário da Aliança de Amor em 2014. Todos que visitam o Santuário Original a partir de agora já se remetem a essa grande festa de todos os filhos espirituais do Pe. José Kentenich.

A poucos dias tive a oportunidade de estar outra vez nesse lugar escolhido por Deus para dali iniciar mais uma obra na Igreja. Essa obra tornou-se uma família como podemos constatar pela quantidade de casas dos diversos ramos de Schoenstatt. Dali brota uma fonte de espiritualidade renovadora, dali se tem graças especiais e dali a mãe de Deus quer educar o homem novo.

O Santuário é sempre o Santuário, mas não dá para deixar de se encantar com suas folhas avermelhadas do outono europeu.

Que a renovação realizada pela natureza seja sinal da renovação da humanidade em torno de Cristo Senhor e da Mãe Três Vezes Admirável de Schoenstatt.

Assumimos a Herança!!!!

sábado, 26 de setembro de 2009

Viver com alegria!



Estamos vivendo o ano sacerdotal proclamado pelo Papa Bento XVI que, segundo suas próprias palavras, “pretende contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo” (Carta aos sacerdotes).  Da mesma forma recentemente o arcebispo de Lima, Cardeal Cipriani escreveu ao clero peruano reafirmando o propósito do Santo Padre e ressaltando a importância da alegria sacerdotal (http://www.arzobispadodelima.org/content/view/4442/427/).

Entre outras coisas o cardeal afirma que a “a alegria brota do coração limpo e enamorado de Cristo” e que deve ser um sinal que se manifesta em toda nossa vida quando pregamos, celebramos a S. Missa e quando administramos os sacramentos sobretudo o da reconciliação. Também quando nos encontramos com nossos limites em especial o pecado.

Além do ano sacerdotal, a Família de Schoenstatt celebra também o ano do centenário da ordenação do Pe. Kentenich. Muito do seu ministério foi dedicado à formação dos sacerdotes até mesmo com o tema da alegria como podemos ver no retiro por ele pregado a padres diocesanos da Alemanha em 1934 que hoje temos em mãos sob o título “Viver com alegria” (Edição – Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, 1996), editado em duas partes.

Em uma das conferencias (Cf. p. 81-89) ele fala da oposição à tristeza e indica como forma de combate a imunização, ou seja, é preciso identificar suas causas reais, ainda que não seja possível eliminá-las. Ainda mais eficaz que a identificação de suas causas, para combater a tristeza é preciso oração.

Por outro lado se descobrimos as fontes da alegria será a primeira prevenção contra a tristeza. Seriam as fontes da alegria a Sagrada Escritura, a vida dos santos e a liturgia. Para cada dessas fontes o Pe. Kentenich toma bom tempo da pregação de seu retiro e é claro torna-se atualíssimo para o tempo presente.

Ainda com as palavras do cardeal Cipriani: “Não esquecemos que muitas vezes os fiéis se aproximam com maior devoção quando nos veem serenos e alegres que transmitimos a paz que Cristo põe em nossos corações” (tradução livre).

Dessa forma queremos “viver com alegria” esse ano sacerdotal em que o Papa nos chama a uma renovação interior e desejo sincero de santidade, o sinal mais evidente de que assumimos com amor o ministério sacerdotal de Cristo do qual somos participantes pela sagrada ordenação.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ENCONTRO DO CURSO UT PATRES MISSI E 3º CONTRATO COM O INSTITUTO DOS SACERDOTES DIOCESANOS DE SCHOENSTATT

Entre os dias 21 e 25 de setembro de 2009, na casa São José, do Instituto Secular dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt, à sombra do Santuário de Bellavista, Santiago de Chile, esteve reunido o Curso Ut Patres Missi para o 3º Contrato com o Instituto. Os membros do curso são os Padres José Luiz Plaza Monardez (Prelazia de Calama – Chile), Marcelo Adriano Cervi (Diocese de Jaboticabal – SP – Brasil), Mário Reis da Silveira (Arquidiocese de Ribeirão Preto – SP – Brasil), Maurício Torres Marín (Ordinariado Militar Chileno – Força Aérea) e Sérgio Einchenberger (Arquidiocese de Rosário – Argentina).  Durante estes dias, os membros do curso estiveram reunidos em oração e convivência fraterna colocando em comum as vivências do tempo intensivo (Terciado) que terminava. Estavam presentes o Formador do tempo Intensivo Padre Adrián Gonzalez e o Mons. Peter Wolf, Reitor Geral do Instituto, que pregou o retiro baseado em textos e no pensamento do Padre José Kentenich. O Retiro teve por tema “Chamado – Consagrado – Enviado”, mesmo título de um recente livro que recolhe os pensamentos do Pai Fundador sobre o sacerdócio. No final do dia 23, no Santuário Novo Belém, dos Sacerdotes Diocesanos de Shoenstatt, os membros do Curso realizaram seu 3º contrato com o Instituto nas mãos do Mons. Peter Wolf que, realizando um gesto típico do Instituto, apresentou a cada um o “cíngulo de Milwaukee”, usado pelo Pe. Kentenich naquela cidade americana em seus 14 anos de exílio. Concelebraram também pelos Padres Daniel Lozano, argentino, Jorge Falch e Frederico Kloetgen, alemães missionários do Instituto.


 

 
 



quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Para bem ler a Sagrada Escritura


O mês de setembro é conhecido no Brasil como o mês da Bíblia. Por essa iniciativa procuramos incentivar os fiéis ao conhecimento, leitura e oração da Palavra de Deus. A leitura comunitária sempre ocorreu, dado que nas celebrações e nos relatos mais antigos da liturgia encontra-se a proclamação da palavra de Deus.

Para contribuir nesse empenho destaco o interessante "decálogo" de Dom Mario de Gasperín Gasperín, sobre a leitura da Bíblia. Podemos encontrá-lo Postado originalmente na página do Zenit (http://www.zenit.org/article-22660?l=portuguese). Penso que essa forma pedagógica ajuda nossos fiéis a terem maior interesse e amor pela Palavra de Deus.

Rezemos com o Pe. Kentenich:

"A palavra de Deus (...)separa com violência medulas e articulações tornando os corações amplos e fortes; é juiz do pensar humano e fornalha para o amor divino.

é martelo que destroça o que se interpõe no caminho, o que impede o acesso a Deus e perturba ou enfraquece o amor.

(...) Pai, purifica nossas almas, faze que escutem a palavra e realizem docilmente o que seus sinos em nós ressoarem" (RC 54.55.57).


Imagem: Igreja de São Francisco - Santiago do Chile.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Palavras do Pe. Kentenich no ano sacerdotal


A coletânea de textos do Pe. Kentenich sobre o sacerdócio, intitulada “Chamado por Deus, consagrado a Deus, enviado por Deus”, organizada pelo Pe. Peter Wolf, reitor geral do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt e recentemente traduzida à língua portuguesa, traz à página 39 o título da obra.

No ano sacerdotal e centenário da ordenação do Pe. Kentenich, ele mesmo fala-nos sobre a vocação sacerdotal.

1 – Chamado por Deus: Ele afirma que o mundo atual ignora Deus (imaginem o podemos dizer hoje) e que foi esse Deus que me chamou. Essa deverá ser a convicção reafirmada em tempos difíceis. Ao olhar para a história de nossa vocação sob essa perspectiva podemos identificar três etapas. É uma vocação extraordinária, pois ouvimos um chamado, Ele nos escolheu. É uma vocação reconhecível, pois um chamado assim só provém dEle. É ainda uma vocação eficaz, pois foi preciso superar obstáculos até chegar ao altar.

2 – Consagrado a Deus: Pe. Kentenich continua afirmando que Deus bradou e eu acrescento, não só chamou, tocou, inspirou, mas bradou: “Serás meu” e eu respondi: “Aqui estou”. Quão profundo e até mesmo consolador pode ser lembrar a primeira vez que dissemos: “Sim quero pertencer-te, tudo o resto é secundário”.

3 – Enviado por Deus: Não somos apenas chamados e consagrados, mas enviados por Deus. Então significa que temos uma missão! Estamos na missão do “Homem Deus” que quer “Glorificar o seu nome através de mim em todo lugar para onde me envia”. Estar nessa missão do “Homem Deus” é estar igualmente na corrente de sua paixão, de seu trabalho (2Tm 2,3; Mt 20, 1-16; Mt 4,19). Esse trabalho exige o tudo de nós, até a própria vida. O Pe. Kentenich afirma ainda: “Nesses dias (para nós hoje), queremos aprender de novo a glorificar até ao heroísmo, através de nosso ser e agir, esse Deus que envolve tão imensamente nossa vida e nos rodeia de amor”

(Cf.Wolf, P. (org.) Trad.: Maria da Graça Sales Henriques.Cf. Chamado por Deus, consagrado a Deus, enviado por Deus. Santa Maria: Sociedade Mãe Rainha, 2009. p. 39-44).

Para todos os sacerdotes e de modo privilegiado para os que são também filhos de Schoenstatt, não somente essa obra, mas o ano sacerdotal que a Providência inspira ao Santo Padre proclamar, são sem dúvidas graças pela santidade e fidelidade dos sacerdotes. Esses de quem o mundo necessita não exemplo, nem modelo, mas fidelidade e santidade.

Que os santos sacerdotes, bispos e pontífices intercedam por nós.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dilexit Ecclesiam - O Pai fundador volta para casa.


Hoje toda Igreja celebra a liturgia de Nossa Senhora das Dores e a família de Schoenstatt se une em orações ao lembrar da morte de seu Pai Fundador, o Pe. José Kentenich.

Transcrevemos o relato da obra “Uma vida pela Igreja” – Monnerjahn, Elgelbert.

“(...) Era domingo e também festa de N. Sra. Das Dores. Às 6:15h dirigiu-se ao altar . Assistiam-no dois sacerdotes: o Pe. José Weigand, Capelão da Casa-Mãe das Irmãs de Maria e o Pe. Drago Maric. (...) De volta à sacristia, convidou os dois sacerdotes a almoçarem com ele. Depois benzeu um pacotinho com terços que a Irmã sacristã lhe apresentou, e ficou um momento em silêncio diante da mesa de paramentos na sacristia. Seus dois assistentes estavam ainda a seu lado, igualmente em silêncio. De repente notaram que o Pe. Kentenich se inclinava para frente. Procurou apoiar-se com as mãos, mas não conseguiu. O corpo dobrou-se sobre si e foi caindo. O Pe. Weigand e o Pe. Maric pegaram-no pelos braços e queriam sentá-lo numa cadeira que a irmã trouxera rapidamente. Mas o corpo estava tão pesado, que os padres, em vez de sentá-lo tiveram que estendê-lo de costas no chão. A Irmã ajeitou uma almofada debaixo de sua cabeça. Quando o Pe. Weigand deixou livre o braço esquerdo do Pe. Kentenich, ele, num gesto espontâneo, colocou a mão sobre o coração. Respirou talvez ainda uns dois ou três minutos.
(...) Às sete e quinze chegou o médico; inclinou-se, auscultou o coração e levantando-se disse: O coração parou. O Pe. Kentenich estava morto.
Cinco dias depois, a 20 de setembro de 1968, o Pe. Kentenich foi sepultado no mesmo lugar onde falecera.
(...) Sobre a sepultura um sarcófago simples de basalto cinzento, além de seu nome, data de nascimento e falecimento, estão gravadas as palavras que ele mesmo desejara ter sobre sua sepultura: “Dilexit Ecclesiam” = “Ele amou a Igreja”.
Todo o seu amor pertencera à Igreja. Toda a sua vida foi uma vida pela Igreja, pela Igreja do presente, mas sobretudo pela Igreja do futuro”.

Com esse belíssimo relato podemos nos unir em oração pedindo também a graça da beatificação e canonização de nosso Pai Fundador.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Bem – Aventurado Carlos Leisner, modelo para o ano sacerdotal.

Amanhã (12 de agosto) a família de Schoenstatt lembra a morte do Bem – Aventurado Karl Leisner.

Ele nasceu em 28 de fevereiro de 1915, em Rees, na Renânia, Alemanha. Foi para o Campo de Concentração de Sachsenhausen e posteriormente a Dachau em 14 de dezembro de 1940. Na ocasião em que fora para Dachau já havia sido ordenado diácono e esperava sua ordenação sacerdotal.

O motivo da prisão de Leisner estava no dia do atentado contra Hitler em 1º de novembro de 1939. No sanatório em que se encontrava para se recuperar da tuberculose foi noticiado o atentado e ele ao saber que o Führer escapara ileso, murmurou: “Pena – que Führer não estivesse presente, então não teriam perecido tantas vidas” (Cesca.O. Castelo na Tormenta. Editora Pallotti. p.74).

Alguns simpatizantes do governo denunciam e chamado a depoimento foi considerado “cúmplice moral” do atentado. Foi encaminhado à cadeia de Friburgo e daí ao campo de concentração.

A Divina Providência cuidou que seu sonho se realizasse e que como luz que ilumina as trevas, sua ordenação fosse, no terror do campo de concentração, a certeza da presença e do amor de Deus. No dia 17 de dezembro de 1944, no domingo “Gaudete” do Advento, fora ordenado sacerdote pelo bispo D. Gabriel Piguet que também estava prisioneiro no campo. O neo-sacerdote Carlos Leisner, devido à grave tuberculose pode somente celebrar sua primeira e única S. Missa no dia 26 de dezembro, festa de Santo Estevão.

Foi retirado do campo de concentração em 4 de maio de 1945 e encaminhado ao sanatório de Planegg, mas sua saúde era irrecuperável e faleceu aos 12 de agosto, com 30 anos de idade.

O Pe. Carlos Leisner era da diocese de Münster e tornou-se mais um modelo de fidelidade e santidade para as comunidades sacerdotais da Obra de Schoenstatt.

Em 8 de Outubro de 1988, por ocasião de um encontro de jovens europeus, diante de 42.000 pessoas, em Estrasburgo, João Paulo II propôs Carlos Leisner como modelo para a juventude duma nova Europa. Foi beatificado pelo Servo de Deus, o Papa João Paulo II aos 23 de Junho de 1996, no estádio olímpico de Berlim. É este o primeiro membro do Movimento de Schoenstatt a ser elevado às honras dos altares.

Sua memória litúrgica celebra-se no dia mesmo de sua morte, 12 de agosto.

“Se Deus se compadecer de mim e me deixar subir ao seu altar, então é graça e nada mais que pura graça. Permanecer no Amor! Ele arde em altas chamas dentro de mim. Senhor não as deixe esfriar jamais” – Pe. Carlos Leisner. (Blank. Johannes. Cristo, Minha Grande Paixão. Trad.: Frei Wenceslau Scheper, OFM. Ed. Ave-Maria. p. 49)

sábado, 8 de agosto de 2009

A História de Schoenstatt no mês de agosto.

Toda obra de Schoenstatt prepara-se para o jubileu do Centenário da Aliança de Amor em 2014. Por isso sempre que podemos olhar para a história do Pe. Kentenich e da Família é uma oportunidade de aprofundar o significado e importância desse jubileu.

Fazendo uma rápida pesquisa em obras biográficas do Pe. Kentenich é possível verificar como foi a história de Schoenstsatt nesses 94 anos no mês de agosto. Isso poderia ser realizado para cada mês do ano e ajuda manter presente a história de nossa Família.

_Dia 27/08/1904: Pedido de admissão ao noviciado palotino
_Dia 24 – 1909: Admitido à profissão perpétua
_Início do mês – 1914: Começa a 1ª guerra mundial
_Dia 20 – 1919: Encontro de congregados em Hoerde – Início da União Apostólica
_Dia 20 – 1920: Início da Liga Apostólica que com a UA fazem o Movimento Apostólico de Schoenstatt.
_Dias 6-9 – 1927: Pe. Kentenich realiza o 1º encontro para crianças em Schoenstatt.
_Dia 15 – 1931: Fundação da Juventude Feminina
_Dia 29 – 1933: Congresso sobre a “Pedagogia Mariana do Matrimônio”.
_Dia 21 – 1934: Sepultamento dos restos mortais de João Wormer e Max Brunner atrás do Santuário.
_Dia 4 – 1941: Prisão do Pe. Alberto Eise
_Dia 21 – 1942: Decapitação do Pe. Francisco Reinisch em Berlim
_Dia 23 – 1942: Em Dachau o Pe. Kentenich vai para o bloco dos sacerdotes poloneses.
_Dia 13 – 1944: Conclusão do ofício de Schoenstat
_Dia 12 - 1945: Morte do Beato Carlos Leisner - sacerdote diocesano.
_Dia 20 – 1949: Final da resposta à Visitação e Coroação da MTA como Rainha da Filialidade Heróica em Santa Maria/RS.
_Dia 4 – 1951: Abençoa a Campanha do Terço iniciada por João L. Pozzobom.
_Dia 3 – 1953: Termina a Visitação Apostólica à Obra de Schoenstatt
Fonte: Monnerjan,E. Pe. José Kentenich: uma vida pela Igreja. P.307-320.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Parabéns para os Irmãos de Maria e a Obra das Famílias

Hoje no calendário litúrgico comemora-se N. Sra. Do Carmo. E num dia mariano toda família de Schoenstatt se alegra e saúda o Instituto dos irmãos de Maria de Schoenstatt e a Obra das Famílias fundados nesse dia pelo Pe. Kentenich em pleno campo de concentração.

1. Os Irmãos de Maria.

De acordo com a história o Pe. Kentenich havia pensado na fundação de um Instituto masculino já há muito tempo, mas somente no Campo de Concentração de Dachau, em 1942, foi possível realizar tal intento. Através do Dr. Fritz Kühr o fundador conheceu o Sr. Eduardo Pesendorfer que já estava prisioneiro no campo de concentração desde 1938. Somente após a guerra o nascente instituto desenvolveu-se e hoje está presente na Europa, Brasil, Chile e Paraguai. Os Irmãos de Maria têm, na Obra de Schoenstatt, a missão de formar e animar os ramos masculinos, jovens e adultos. Aqui no Brasil o centro de referência está em Itaara - RS, uma pequena cidade muito próxima de Santa Maria – RS onde está o Santuário Puer et Pater. Para conhecer melhor acesse: centrotabor@terra.com.br.

O Instituo dos Irmãos de Maria tem a alegria de já contar com um processo de canonização de um de seus membros, o Sr. Mario Hiriart, do Chile. O processo já está em Roma e esperamos que em breve a Família já tenha mais um de seus heróis elevado aos altares.

2. A Obra das Famílias.

No mesmo dia em que foi fundado o Instituto dos Irmãos de Maria, o Pe. Kentenich deu início também à Obra das Famílias que depois iria se desenvolver dentro da estrutura como liga, união e instituto. Diante das situações da guerra não foi possível desenvolver a idéia acerca de uma obra para as famílias dentro da espiritualidade de Schoenstatt. Por isso ele vai ao campo de concentração com esse anelo e quis assim, a Divina Providência, que no lugar menos provável, surgisse a oportunidade. O fundados inicia a Obra das Famílias com o Dr. Fritz Kühr, o mesmo que lhe apresentara o Sr. Eduardo para o Instituto dos Irmãos de Maria.

O tema das famílias era muito caro ao Pe. Kentenich. Podemos conferir num trecho da Pedagogia Mariana do Matrimônio (p.11): Criar ilhas de matrimônios católicos constitui nosso ideal, pelo qual nos empenhamos. Em meio a um mundo pagão precisamos aspirar a um crescimento sempre maior do ideal da família católica, com o aconteceu no inicio do cristianismo. Deveria passar entre nós, como que uma tempestade, uma tempestade de santa dedicação pela renovação de nossas famílias”.

Que toda família de Schoenstatt no ano do centenário da Ordenação do Pe. Kentenich e em preparação ao Centenário da Aliança de Amor possa viver com alegria o carisma de Schoenstatt para toda Igreja.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O que é o ISDS?

Instituto Secular dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt.

Nossa Comunidade não é uma Comunidade religiosa: somos todos Diocesanos com a espiritualidade de Schoenstatt, que recebemos em herança no movimento de Schoenstatt, fundado pelo Pe. José Kentenich. Vivemos e trabalhamos em nossas Dioceses, mas unimo-nos pela espiritualidade em torno ao Santuário da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, seguindo o modo de vida sugerido por nosso Fundador. Uma condição para pertencer ao nosso Instituto, então, é - antes de tudo - ser Padre Diocesano e estar incardinado em uma Diocese.
Nossa Missão como Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt é viver na alegria e na total dedicação de si a vocação diocesana para a qual Cristo nos chamou. Aspiramos viver em profundidade e na plena fidelidade a como pensou nosso Pai Fundador - o Pe. José Kentenich - a espiritualidade e a missão de Schoenstatt, na Igreja e no mundo. Primeira conseqüência direta disso é assumir nossa Diocesaneidade em total sintonia com o Bispo, seu Presbitério e a Diocese na qual estamos incardinados, vivendo de maneira alegre e dedicada nossa inserção na Igreja Particular onde nos quis o Senhor, sendo ponto de unidade entre os presbíteros e animadores da tarefa pastoral da Diocese, onde formos chamados a colaborar, como sacerdotes marianos, que sabem trabalhar em equipe e que queiram ser "pais" para o Povo de Deus.
Depois, como os outros Institutos da Obra de Schoenstatt, temos a missão de ser alma e garante de todo o Movimento e, mais precisamente - como Sacerdotes Diocesanos - ser os ombros nos quais repousa o Movimento, ou seja, de levar Schoenstatt às realidades mais próximas do povo, que são as situações nas quais nos encontramos diuturnamente, colaborando "em parceria' com os outros ramos do Movimento (Institutos, Uniões, Ligas etc)... e dando preferência à organização de Schoenstatt nas Dioceses. Naturalmente, estamos nos inícios e as formas de como essa colaboração podem se dar ainda não estão constituídas. Nosso Instituto é de Direito Pontifício, teve o reconhecimento do Papa João Paulo II no dia 02 de outubro de 1995 e foi reconhecido oficialmente pela Santa Sé, com um Decreto da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, no dia 18 de outubro de 1995.

Para maiores informações entrar em contato pelo e-mail: isdsbrasil@gmail.com

domingo, 12 de julho de 2009

Pe. Peter Wolf = sobre nossa vivência do Ano Sacerdotal e seu novo livro



- Na sexta-feira 19 de junho, começou o Ano Sacerdotal. Quais expectativas tem o senhor em relação a este acontecimento, como representante de uma Comunidade Presbiteral que está presente em todo o mundo?
- Monsenhor Wolf: Num primeiro momento – assim como aconteceu com o ano paulino – fiquei surpreso que o Papa Bento, em março deste ano, anunciasse um Ano Sacerdotal, uma inspiração do Espírito Santo. Em primeiro lugar, espero que este seja um ano que ajude a muitos sacerdotes. Desejo que capte a muitos irmãos de mina comunidade e de outros institutos sacerdotais e movimentos da Igreja e que, tal como aconteceu no ano paulino, desperte criatividade e vida. Resumindo: espero que, para muitos membros da Igreja, o presbiterado seja totalmente compreendido no sentido do Concílio Vaticano II, como serviço ao sacerdócio comum de todos os batizados e que, cada vez mais, possa ser experimentado assim.



-- O Cardeal Cláudio Hummes escreveu una extensa carta aos presbíteros, por ocasião deste Ano Sacerdotal. O que mais lhe chamou a atenção nesta carta pessoalmente?
--Monsenhor Wolf: Nesta carta, chamou-me a atenção o fato de que se fala de um “ano positivo”, no qual a Igreja quer mostrar que está orgulhosa de seus presbíteros e agradecida pelo serviço que os mesmos prestam. Certamente também se fala dos erros dos padres – até a culpa punível – mas isso não supera o grande compromisso e testemunhos positivos da vida de imensa maioria dos presbíteros.


-- O Cardeal Hummes convidou que se celebre início do Ano Sacerdotal em todos os lugares. Como foi a abertura deste Ano em Schoenstatt?
--Monsenhor Wolf: Em Schoenstatt fizemos a abertura do Ano Sacerdotal na Missa da Aliança, na véspera da Festa do Sagrado Coração de Jesus. Quem presidiu a Eucaristia foi o Padre Franz Brügger, Superior Provincial dos Padres de Schoenstatt na Alemanha e presidente da Presidência Nacional. Nesta ocasião, convidou a Família de Schoenstatt a participar da celebração do Ano Sacerdotal.


-- Nesta carta, o Cardeal também convida a apresentar presbíteros exemplares das Paróquias e Comunidades. Quais personalidades presbiterais o senhor recorda, espontaneamente? O que estes presbíteros poderiam indicar aos presbíteros e a toda a Igreja? Que tipo de presbítero é um exemplo para o senhor?
--Monsenhor Wolf: Estou convencido de que todas as Dioceses poderão destacar, até em sua história recente, presbíteros valiosos e também que se sobressaíram. Penso que valeria à pena conservar a memória de tais presbíteros exemplares e, por exemplo, apresentar cada mês um desses modelos nos Boletins Diocesanos. Espontaneamente, me vem à mente o testemunho de vida do Padre José Kentenich, fundador da Obra de Schoenstatt e de minha Comunidade Presbiteral (Instituto Secular dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt). Suas expressões e seu serviço sacerdotal me mostram muitos aspectos do ser presbítero e este é o modelo para meu ministério. Penso também no Beato Carlos Leisner, que foi ordenado presbítero no Campo de Concentração de Dachau. Sua luta diante da decisão de abraçar a vocação presbiteral é um exemplo para mim e pode ser uma grande ajuda especialmente para os jovens e os seminaristas, no que toca à vocação.


-- O senhor editou um livro para o Ano Sacerdotal. Do que trata? O que lhe impulsionou fazer isso justo neste tempo?
--Monsenhor Wolf: Antes de conhecer a intenção do Santo Padre de convocar este Ano Sacerdotal, eu havia começado – junto com alguns co-irmãos de meu Instituto – a recopilar textos com testemunhos do Nosso Fundador sobre o presbiterado, motivado pelo centenário da Ordenação Presbiteral do Padre Kentenich (8 de julho de 1910). São textos de um grande educador de presbíteros. Na década de 30, 1/3 do clero alemão participou dos retiros dados pelo Pe. Kentenich. Para a seleção dos textos, levei em consideração sobretudo irmãos que buscam material para refletir pessoalmente sobre seu ministério presbiteral. Foi uma feliz disposição da Divina Providência que este livro já estivesse planejado e que esteja disponível agora, no começo do Ano Sacerdotal. O livro se intitula: "Chamado, consagrado, enviado" e quem o publicou foi a Editorial Schoenstatt.


-- Quais são os temas mais importantes mencionados no Livro, sobretudo levando em consideração o Ano Sacerdotal?
--Monsenhor Wolf: neste livro encontram-se textos sobre as expectativas desafiadoras e controvertidas que existem sobre o presbítero, explicações sobre a questão da compreensão presbiteral de si mesmo, como também sobre a vida espiritual e estilo de vida dos presbíteros. Menciono rapidamente alguns títulos: Expectativas sobre o presbítero. Participação no sacerdócio de Cristo. Uma missão profundamente profética. Orientado pelo Bom Pastor. O padre e a Virgem Maria. O presbítero não caminha sozinho. Disponível para as novas vocações.


-- Em quais idiomas sairá este livro?
--Monsenhor Wolf: A partir dos primeiros ecos sobre o livro dentro do Movimento de Schoenstatt, sei – até agora – das seguintes iniciativas: no Chile, os Padres de Schoenstatt começaram a tradução ao espanhol. No Brasil, as Irmãs de Maria planejam a tradução ao português. Nos estados Unidos está-se fazendo a versão inglesa e no Burundi começou a tradução em Francês.


-- Como será o Ano Sacerdotal nas comunidades presbiterais de Schoenstatt?
--Monsenhor Wolf: As comunidades presbiterais schoenstattianas já tinham planejado, antes do anúncio de Roma, celebrar o próximo ano à luz do centenário da ordenação presbiteral de seu Fundador. Temos a intenção de aproveitar este ano para refletir sobre o presbiterado e sobre sua missão original. Com vistas a este jubileu, planejou-se duas outras publicações: a primeira é um livro de testemunhos sobre o presbítero José Kentenich e a segunda é uma publicação científica, com reflexões sobre o ministério presbiteral. Em nossas comunidades presbiterais, os retiros deste ano estão previstos como uma reflexão sobre a graça e o desafio da consagração presbiteral. Esta recopilação de textos quer ser uma ajuda à meditação pessoal, mas também quer servir como temas de discussão nos grupos e Cursos das Comunidades. Um grupo de planificação está trabalhando para possibilitar que muitos de nossos irmãos presbíteros do mundo todo participem no grande encontro de encerramento do Ano Sacerdotal, com o Santo Padre, na Praça de São Pedro. Além disso, em um trabalho conjunto com os presbíteros do Movimento do Focolari, tomamos a iniciativa de organizar um grande congresso em Roma que inicie um intercâmbio espiritual internacional entre os presbíteros. Em Schoenstatt celebraremos o encerramento do Ano Sacerdotal no contexto do centenário da ordenação presbiteral do nosso Fundador. Celebraremos seu centenário na Catedral de Limburgo com o Bispo Diocesano, Dom Tebartz van Elst, e estamos convidados para a Casa das Missões, dos Padres Pallottinos, onde o Padre Kentenich foi ordenado, no dia 8 de julho de 1910.


-- O que o senhor acredita que seja a meta central para a figura do presbítero nestes tempos?
--Monsenhor Wolf: Penso que seja importante que os presbíteros, com seu serviço e seu ser, sejam testemunhas de Deus e lhe abram os horizontes. Sua tarefa de ser construtores de pontes ganha ainda mais atualidade no mundo secularizado onde se perde de vista a realidade sobrenatural.


-- Qual seria a mensagem central do Padre Kentenich para os presbíteros de hoje, segundo seu parecer?
--Monsenhor Wolf: Em seu ser presbítero o Padre Kentenich se orientou marcadamente por São Paulo, convidando com freqüência seus irmãos presbíteros a estar na Escola de São Paulo. Sua auto-consciência como presbítero mostra características paulinas e proféticas marcantes. Ele entendeu o presbítero não em primeiro lugar – ou exclusivamente – a partir de sua destacada função litúrgica, mas como alguém impulsionado – como São Paulo – a ser portador de vida como um pai ou uma mãe, na fundação de comunidades e no suscitar nova vida cristã. Para o Pe. Kentenich, o presbítero está chamado a servir de forma abnegada à vocação ao sacerdócio comum de todos os batizados e à vocação especial de cada pessoa. Na minha opinião, o Pe. Kentenich nos ajuda na compreensão do Ano Sacerdotal como uma continuação do Ano Paulino, vivendo este enlace com fruto. Este tempo é parecido – em muitos aspectos – com o tempo de São Paulo; precisamos de uma imagem presbiteral acentuadamente paulina, na qual transpareçam as características missionárias e proféticas.


-- O senhor conheceu pessoalmente ao Padre Kentenich. Qual é a sua recordação mais marcante dele como presbítero?
--Monsenhor Wolf: Você me pergunta por minhas vivências pessoais com o Pe. Kentenich. Chama a minha atenção o fato de que eu nunca estive com ele em uma celebração eucarística, mas unicamente lembro dele em um encontro de grupo ou em uma conferência dada a um grande círculo. Contudo, sempre foi claro para mim: encontrei um presbítero convencido que vive para Deus e seu mundo. Sendo estudante, chamou-me a atenção uma frase nos escritos do Padre Kentenich: a “realidade do sobrenatural”. Ele foi, para mim, de forma crescente, um testemunho crível da realidade da fé. Seguiu seu caminho com o Deus da Vida de um modo realista, sóbrio, com fé na Providência e isso durante toda a sua vida. A forma como enfrentou os desafios de sua vida até o Campo de Concentração e o Exílio, foi para mim uma confirmação de sua credibilidade. A vinculação interior com esta testemunha da fé, me ajuda a crer em Deus e animar, assim, às pessoas. Pode-se dizer algo mais bonito sobre um presbítero?

REGISTRO HISTÓRICO = Encontro do Grupo Brasileiro em abril 2009

Para registrar um pouco nossa recente história, posto a notícia de nosso último Encontro como Grupo Brasileiro = "Nos dias 20 a 23 de abril de 2009, sob o cuidado maternal da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt e à sombra do Santuário “da Permanente presença do Pai”, em Atibaia - SP, realizou-se o Encontro do Grupo Brasileiro do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt, contando com a presença dos presbíteros: Pe. Emerson Lopes, Pe. Luís Fernando Neris Souza, Pe. Luiz Gustavo Scombatti e Pe. Marcelo Cervi (Jaboticabal - SP), Pe. Mário Reis Silveira (Ribeirão Preto – SP) e Pe. Rodrigo Cabrera (Santa Maria – RS). Fortalecendo-se no carisma legado pelo Fundador, o Pe. José Kentenich, o nascente Instituto reafirmou--se na corrente de vida do centenário de sua ordenação sacerdotal (2010) e da preparação do Centenário da Fundação de Schoenstatt (2014). Como resultados práticos do Encontro, lançamo-nos três atitudes a serem assumidas ao longo deste ano: 1) Divulgar a comunidade e cultivar as vocações (elaborando também um Folder e um Blog); 2) Assumir a pedagogia de Schoenstatt no atendimento pastoral (pedagogia de ideal, de vinculações, de aliança); 3) Assumir a autoeducação, o trabalho da própria personalidade, também para que se tenha um desenvolvimento orgânico do Instituto no Brasil. Foram momentos intensos de espiritualidade, oração, estudo, convivência e partilha de vida e também de projeção da Comunidade, num clima de fraternidade, de acolhida e de alegria, orientados pelo lema anual do Instituto: “Omnia Matri Ecclesiae: in Patre Missi” (Tudo para a Mãe da Igreja; enviados pelo Pai).

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A nova encíclica e o Ideal Pessoal

Na pedagogia e espiritualidade de Schoenstatt é comum o trabalho em busca do Ideal Pessoal. Esse termo compreende aquilo que Deus pensou para cada ser humano, ou seja, é síntese da originalidade e particularidade que cada pessoa carrega consigo. Por essa originalidade Deus concede à pessoa uma missão própria a partir do que ela é.

Na história da Igreja surgiram inúmeras personalidades de todos os tempos e estados de vida, que perseguindo uma íntima e decisiva moção, deram testemunho concreto de sua fé, deixando para o mundo de sua época e para nós um sinal expressivo da vontade de Deus.

Na nova encíclica do Papa Bento XVI, Caritas in Veritate, aparece como que mais uma confirmação acerca do tema do Ideal Pessoal, mesmo que não apareça esse termo e que o objetivo não seja tratar esse tema. Aquilo que a história da Igreja já provou e que o movimento de Schoenstatt vive e aconselha recebe assim mais um estímulo nas palavras iniciais da nova encíclica:

A caridade na verdade, que Jesus Cristo testemunhou com sua vida terrena e sobretudo com a sua morte e ressurreição, é a força propulsora principal para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira (...). Cada um encontra o bem próprio, aderindo ao projeto que Deus tem para ele a fim de o realizar plenamente: com efeito, é em tal projeto que encontra a verdade sobre si mesmo e, aderindo a ela torna-se livre (cf. Jo 8,22)”. (os grifos são meus)(Caritas in Veritate, 1).

Junto a essas palavras, se lemos, uma outra vez, o que disse o Pe. Kentenich no documento de Pré – fundação, nos certificamos de estar tomando um caminho seguro: “Sob a proteção de Maria queremos aprender a educar-nos para sermos personalidades firmes, livres e sacerdotais” (Documentos de Schoenstatt, p.15).

Queremos como cristãos e católicos ser verdadeiras personalidades. E hoje o magistério da Igreja confirma que é no projeto pessoal que Deus tem para cada ser humano e para toda a humanidade que encontramos a verdade sobre nós mesmos. De fato esse é o anúncio de uma grande e boa notícia.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

No ano sacerdotal - O Pe. Kentenich aos sacerdotes.

Sabemos que em 19 de junho iniciamos o ano sacerdotal proposto pelo Papa Bento XVI. No final de sua carta aos sacerdotes ele diz: “No contexto da espiritualidade alimentada pela prática dos conselhos evangélicos, aproveito para dirigir aos sacerdotes, neste Ano a eles dedicado, um convite particular para saberem acolher a nova primavera que, em nossos dias, o Espírito está a suscitar na Igreja, através nomeadamente dos Movimentos Eclesiais e das novas Comunidades”.

É para toda Igreja uma alegria renovar a convicção de que para os diversos tempos Deus suscita novas primaveras do Espírito Santo e que de forma mais especial os sacerdotes devem acolhê-la.

Com as palavras do pe. Kentenich em um retiro pregado a sacerdotes diocesanos podemos afirmar então, que estamos vivendo um tempo muito especial em que é preciso não somente acolher a primavera do Espírito, mas desejar sua fecunda ação criadora e santificadora em nossos dias.

Pe. Kentenich diz: “Enviai o vosso Espírito! Esse Espírito de Deus não é o Espírito Santo? O milagre de Pentecostes não é um fruto do desejo ardente de receber a força criadora do Santificador e Renovador? Desejo ardente! Querem certificar-se como o experimentamos vivamente em nossa ordenação? Há de estar bem presente em nós como esteve atuando em nós esse desejo ardente de receber o Espírito de Deus, o Espírito Criador, o Espírito Santificador (...).
E o tempo atual meus senhores, não exige uma atuação extraordinária do Espírito Santo? Os senhores sabem o que Ele significa para nós? (...). Não julgam que quanto mais o tempo reclamar a ação do Espírito Santo tanto mais devemos atraí-lo pela força criadora do desejo? Não devemos unir nossas vozes num só coro: ‘Emite Spiritum tuum – Enviai o vosso Espírito’?”
(Pe. Kentenich, Viver com alegria. Ed. Pallotti, 1996. p.15).

Assim esperamos que no ano sacerdotal possam ser renovados e ainda mais vividos, especialmente pelos sacerdotes, os anseios de uma Igreja santa e fiel.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ordenação Sacerdotal do Pe. Kentenich - ano do centenário

Bem- vindos ao blog do ISDS Brasil, do Instituto Secular dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt.

Temos a alegria de iniciar hoje o blog de nosso Instituto aqui no Brasil na abertura do ano do centenário da Ordenação Sacerdotal de nosso Fundador o Pe. José Kentenich.

O Pe. Kentenich foi ordenado, junto a sete coirmãos, em 8 de julho de 1910 na Casa provincial dos Palotinos em Limburgo, por Dom Henrique Vieter, de Camarões, que viera a Alemanha para o Capítulo Geral.

Nesse ano do centenário da ordenação do Pe. Kentenich desejamos também, em comunhão com a Igreja, celebrar o ano sacerdotal iniciado pelo Papa Bento XVI em 19 de junho, para comemorar os 150 anos da morte de S. João Maria Vianney. Além disso no Ano Sacerdotal queremos rezar por todos os sacerdotes para que cumpram com fidelidade e amor sua missão na Igreja e para o mundo.

Ainda com toda a Família de Schoenstatt nos envolvemos no espírito do centenário da Aliança de Amor que se celebrará em 2014.

Através de todas essas motivações é que o blog ISDS Brasil pretende apresentar a todo Schoenstatt do Brasil e aos demais interessados o Instituto Secular dos Padres Diocesanos, um dos mais recentes ramos da Obra aqui no Brasil.