sábado, 26 de setembro de 2009

Viver com alegria!



Estamos vivendo o ano sacerdotal proclamado pelo Papa Bento XVI que, segundo suas próprias palavras, “pretende contribuir para fomentar o empenho de renovação interior de todos os sacerdotes para um seu testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo” (Carta aos sacerdotes).  Da mesma forma recentemente o arcebispo de Lima, Cardeal Cipriani escreveu ao clero peruano reafirmando o propósito do Santo Padre e ressaltando a importância da alegria sacerdotal (http://www.arzobispadodelima.org/content/view/4442/427/).

Entre outras coisas o cardeal afirma que a “a alegria brota do coração limpo e enamorado de Cristo” e que deve ser um sinal que se manifesta em toda nossa vida quando pregamos, celebramos a S. Missa e quando administramos os sacramentos sobretudo o da reconciliação. Também quando nos encontramos com nossos limites em especial o pecado.

Além do ano sacerdotal, a Família de Schoenstatt celebra também o ano do centenário da ordenação do Pe. Kentenich. Muito do seu ministério foi dedicado à formação dos sacerdotes até mesmo com o tema da alegria como podemos ver no retiro por ele pregado a padres diocesanos da Alemanha em 1934 que hoje temos em mãos sob o título “Viver com alegria” (Edição – Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, 1996), editado em duas partes.

Em uma das conferencias (Cf. p. 81-89) ele fala da oposição à tristeza e indica como forma de combate a imunização, ou seja, é preciso identificar suas causas reais, ainda que não seja possível eliminá-las. Ainda mais eficaz que a identificação de suas causas, para combater a tristeza é preciso oração.

Por outro lado se descobrimos as fontes da alegria será a primeira prevenção contra a tristeza. Seriam as fontes da alegria a Sagrada Escritura, a vida dos santos e a liturgia. Para cada dessas fontes o Pe. Kentenich toma bom tempo da pregação de seu retiro e é claro torna-se atualíssimo para o tempo presente.

Ainda com as palavras do cardeal Cipriani: “Não esquecemos que muitas vezes os fiéis se aproximam com maior devoção quando nos veem serenos e alegres que transmitimos a paz que Cristo põe em nossos corações” (tradução livre).

Dessa forma queremos “viver com alegria” esse ano sacerdotal em que o Papa nos chama a uma renovação interior e desejo sincero de santidade, o sinal mais evidente de que assumimos com amor o ministério sacerdotal de Cristo do qual somos participantes pela sagrada ordenação.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

ENCONTRO DO CURSO UT PATRES MISSI E 3º CONTRATO COM O INSTITUTO DOS SACERDOTES DIOCESANOS DE SCHOENSTATT

Entre os dias 21 e 25 de setembro de 2009, na casa São José, do Instituto Secular dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt, à sombra do Santuário de Bellavista, Santiago de Chile, esteve reunido o Curso Ut Patres Missi para o 3º Contrato com o Instituto. Os membros do curso são os Padres José Luiz Plaza Monardez (Prelazia de Calama – Chile), Marcelo Adriano Cervi (Diocese de Jaboticabal – SP – Brasil), Mário Reis da Silveira (Arquidiocese de Ribeirão Preto – SP – Brasil), Maurício Torres Marín (Ordinariado Militar Chileno – Força Aérea) e Sérgio Einchenberger (Arquidiocese de Rosário – Argentina).  Durante estes dias, os membros do curso estiveram reunidos em oração e convivência fraterna colocando em comum as vivências do tempo intensivo (Terciado) que terminava. Estavam presentes o Formador do tempo Intensivo Padre Adrián Gonzalez e o Mons. Peter Wolf, Reitor Geral do Instituto, que pregou o retiro baseado em textos e no pensamento do Padre José Kentenich. O Retiro teve por tema “Chamado – Consagrado – Enviado”, mesmo título de um recente livro que recolhe os pensamentos do Pai Fundador sobre o sacerdócio. No final do dia 23, no Santuário Novo Belém, dos Sacerdotes Diocesanos de Shoenstatt, os membros do Curso realizaram seu 3º contrato com o Instituto nas mãos do Mons. Peter Wolf que, realizando um gesto típico do Instituto, apresentou a cada um o “cíngulo de Milwaukee”, usado pelo Pe. Kentenich naquela cidade americana em seus 14 anos de exílio. Concelebraram também pelos Padres Daniel Lozano, argentino, Jorge Falch e Frederico Kloetgen, alemães missionários do Instituto.


 

 
 



quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Para bem ler a Sagrada Escritura


O mês de setembro é conhecido no Brasil como o mês da Bíblia. Por essa iniciativa procuramos incentivar os fiéis ao conhecimento, leitura e oração da Palavra de Deus. A leitura comunitária sempre ocorreu, dado que nas celebrações e nos relatos mais antigos da liturgia encontra-se a proclamação da palavra de Deus.

Para contribuir nesse empenho destaco o interessante "decálogo" de Dom Mario de Gasperín Gasperín, sobre a leitura da Bíblia. Podemos encontrá-lo Postado originalmente na página do Zenit (http://www.zenit.org/article-22660?l=portuguese). Penso que essa forma pedagógica ajuda nossos fiéis a terem maior interesse e amor pela Palavra de Deus.

Rezemos com o Pe. Kentenich:

"A palavra de Deus (...)separa com violência medulas e articulações tornando os corações amplos e fortes; é juiz do pensar humano e fornalha para o amor divino.

é martelo que destroça o que se interpõe no caminho, o que impede o acesso a Deus e perturba ou enfraquece o amor.

(...) Pai, purifica nossas almas, faze que escutem a palavra e realizem docilmente o que seus sinos em nós ressoarem" (RC 54.55.57).


Imagem: Igreja de São Francisco - Santiago do Chile.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Palavras do Pe. Kentenich no ano sacerdotal


A coletânea de textos do Pe. Kentenich sobre o sacerdócio, intitulada “Chamado por Deus, consagrado a Deus, enviado por Deus”, organizada pelo Pe. Peter Wolf, reitor geral do Instituto dos Sacerdotes Diocesanos de Schoenstatt e recentemente traduzida à língua portuguesa, traz à página 39 o título da obra.

No ano sacerdotal e centenário da ordenação do Pe. Kentenich, ele mesmo fala-nos sobre a vocação sacerdotal.

1 – Chamado por Deus: Ele afirma que o mundo atual ignora Deus (imaginem o podemos dizer hoje) e que foi esse Deus que me chamou. Essa deverá ser a convicção reafirmada em tempos difíceis. Ao olhar para a história de nossa vocação sob essa perspectiva podemos identificar três etapas. É uma vocação extraordinária, pois ouvimos um chamado, Ele nos escolheu. É uma vocação reconhecível, pois um chamado assim só provém dEle. É ainda uma vocação eficaz, pois foi preciso superar obstáculos até chegar ao altar.

2 – Consagrado a Deus: Pe. Kentenich continua afirmando que Deus bradou e eu acrescento, não só chamou, tocou, inspirou, mas bradou: “Serás meu” e eu respondi: “Aqui estou”. Quão profundo e até mesmo consolador pode ser lembrar a primeira vez que dissemos: “Sim quero pertencer-te, tudo o resto é secundário”.

3 – Enviado por Deus: Não somos apenas chamados e consagrados, mas enviados por Deus. Então significa que temos uma missão! Estamos na missão do “Homem Deus” que quer “Glorificar o seu nome através de mim em todo lugar para onde me envia”. Estar nessa missão do “Homem Deus” é estar igualmente na corrente de sua paixão, de seu trabalho (2Tm 2,3; Mt 20, 1-16; Mt 4,19). Esse trabalho exige o tudo de nós, até a própria vida. O Pe. Kentenich afirma ainda: “Nesses dias (para nós hoje), queremos aprender de novo a glorificar até ao heroísmo, através de nosso ser e agir, esse Deus que envolve tão imensamente nossa vida e nos rodeia de amor”

(Cf.Wolf, P. (org.) Trad.: Maria da Graça Sales Henriques.Cf. Chamado por Deus, consagrado a Deus, enviado por Deus. Santa Maria: Sociedade Mãe Rainha, 2009. p. 39-44).

Para todos os sacerdotes e de modo privilegiado para os que são também filhos de Schoenstatt, não somente essa obra, mas o ano sacerdotal que a Providência inspira ao Santo Padre proclamar, são sem dúvidas graças pela santidade e fidelidade dos sacerdotes. Esses de quem o mundo necessita não exemplo, nem modelo, mas fidelidade e santidade.

Que os santos sacerdotes, bispos e pontífices intercedam por nós.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dilexit Ecclesiam - O Pai fundador volta para casa.


Hoje toda Igreja celebra a liturgia de Nossa Senhora das Dores e a família de Schoenstatt se une em orações ao lembrar da morte de seu Pai Fundador, o Pe. José Kentenich.

Transcrevemos o relato da obra “Uma vida pela Igreja” – Monnerjahn, Elgelbert.

“(...) Era domingo e também festa de N. Sra. Das Dores. Às 6:15h dirigiu-se ao altar . Assistiam-no dois sacerdotes: o Pe. José Weigand, Capelão da Casa-Mãe das Irmãs de Maria e o Pe. Drago Maric. (...) De volta à sacristia, convidou os dois sacerdotes a almoçarem com ele. Depois benzeu um pacotinho com terços que a Irmã sacristã lhe apresentou, e ficou um momento em silêncio diante da mesa de paramentos na sacristia. Seus dois assistentes estavam ainda a seu lado, igualmente em silêncio. De repente notaram que o Pe. Kentenich se inclinava para frente. Procurou apoiar-se com as mãos, mas não conseguiu. O corpo dobrou-se sobre si e foi caindo. O Pe. Weigand e o Pe. Maric pegaram-no pelos braços e queriam sentá-lo numa cadeira que a irmã trouxera rapidamente. Mas o corpo estava tão pesado, que os padres, em vez de sentá-lo tiveram que estendê-lo de costas no chão. A Irmã ajeitou uma almofada debaixo de sua cabeça. Quando o Pe. Weigand deixou livre o braço esquerdo do Pe. Kentenich, ele, num gesto espontâneo, colocou a mão sobre o coração. Respirou talvez ainda uns dois ou três minutos.
(...) Às sete e quinze chegou o médico; inclinou-se, auscultou o coração e levantando-se disse: O coração parou. O Pe. Kentenich estava morto.
Cinco dias depois, a 20 de setembro de 1968, o Pe. Kentenich foi sepultado no mesmo lugar onde falecera.
(...) Sobre a sepultura um sarcófago simples de basalto cinzento, além de seu nome, data de nascimento e falecimento, estão gravadas as palavras que ele mesmo desejara ter sobre sua sepultura: “Dilexit Ecclesiam” = “Ele amou a Igreja”.
Todo o seu amor pertencera à Igreja. Toda a sua vida foi uma vida pela Igreja, pela Igreja do presente, mas sobretudo pela Igreja do futuro”.

Com esse belíssimo relato podemos nos unir em oração pedindo também a graça da beatificação e canonização de nosso Pai Fundador.